30 de setembro de 2009




Pe. Vicente Frisullo


Aos 06 de junho de 1946 nasce Vincenzo Frisullo, quarto filho do casal Luis Frisullo e Maria Neve Sambati. De família religiosa e humilde, participava ativamente das orações na Igreja e em família.


Inclinado às orações, florescia no pequeno Vicente o desejo de uma vida mais consagrada a Deus. Indeciso foi incentivado pelo seu irmão Miguel, e decidiu dar início a sua vida religiosa no Convento dos Frades Trinitários da cidade de Gagliano Del Capo. A família Frisullo arcou com sacrifícios os estudos do pequeno Vincenzo. Quando a família ia visitá-lo, ele pedia aos frades maiores que ficassem com ele, pois tinha medo de ser levado pela família.


Depois de dois anos de estudos, Vicente foi experimentado por Deus, adoeceu, e a mãe o levou para casa, arcando com muitos sacrifícios as despesas necessárias. Durante esse período de enfermidade, nunca quis deixar de estudar, mas colocava-se num lugar solitário para aprofundar os estudos e ganhar tempo, a fim de alcançar o mais cedo possível seu ideal religioso.


A mãe não estava de acordo com o seu desejo de regressar ao convento devido a sua saúde debilitada, mas ele, logo ao melhorar um pouco, quis retomar a estrada do convento, indo embora sem comunicar-se com os seus. Aproveitando a ausência deles, arrumou a mala e foi para a casa de um amigo, embarcou no ônibus e retomou ao convento.


Vicente apoiado pelos seus superiores continuou os estudos, concluindo o segundo grau em 1965. Concluída sua formação religiosa e cultural, foi enviado para Roma para os últimos preparativos.


Iniciou o noviciado em 09 de outubro de 1965 e proferiu os primeiros votos temporários no dia 10 de outubro de 1966. Seus votos perpétuos foram celebrados no dia 04 de outubro de 1973 e, após muita espera e preparação, chegou dia de sua ordenação sacerdotal em 29 de dezembro de 1976, que ocorreu na cidade de Torrepaduli, no Santuário de São Roque, onde estavam presentes os superiores da Ordem da Santíssima Trindade, numerosos sacerdotes e frades, muitos concidadãos e seus familiares emocionados e felizes. Foi uma coroa de amigos para esta cerimônia sem igual, que enriqueceu a Igreja. A Paróquia com seu caríssimo filho que entregava toda a sua vida para a glória de Deus e o bem do seu povo.


Iniciou sua missão no Brasil em 18 de novembro de 1979 em São Vicente, na Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, onde ficou até o ano de 1984, quando retornou a Itália. E, em maio de 1986, retorna ao Brasil, para São Paulo na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, da Vila Curuçá, onde continua desenvolvendo numerosas atividades com a graça de Deus e o apoio dos seus amigos paroquianos, superando muitas dificuldades de toda espécie, afim de alcançar os objetivos de sua nobre missão!


22 de setembro de 2009

SETEMBRO: MÊS DA BÍBLIA

Quando recebi as tuas palavras, eu as devorava. A tua palavra era festa e alegria para o meu coração, porque eu levava o teu nome, Senhor, Deus dos exércitos”. (Jr 15,16).


Caríssimos,

O mês de setembro nos proporciona mais uma oportunidade para refletirmos sobre a Palavra de Deus e encontrar nela “a alegria para o nosso coração”. Queria propor uma breve reflexão a partir da mensagem que os Bispos enviaram ao Povo de Deus a conclusão do Sínodo sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, realizado em Roma entre os dias 5 e 26 de outubro de 2008.
A conclusão do Sínodo, os bispos, além das 55 Proposições que servirão de base para Exortação Apostólica que o Papa vai enviar à Igreja, mandaram a Mensagem ao Povo de Deus, na qual apresentam, de forma pedagógica, o conteúdo do Sínodo através de quatro IMAGENS sugestivas da Palavra de Deus, que vale a pena lembrar.


1. A VOZ da Palavra = a Revelação: Deus fala através da criação. Toda a criação surge a partir da Palavra pronunciada por Deus, cujo ápice está na criação do homem e da mulher, imagem e semelhança do Criador; “No começo era a Palavra e a Palavra era Deus ... tudo foi feito por meio dela” (Jo 1,1.3). A criação é a primeira mensagem do Criador à sua criatura.

A Palavra de Deus está na origem da história humana e prossegue ao longo dos séculos ao lado do homem e da mulher: “Vi a miséria do meu povo ... ouvi o seu clamor ... pois conheço as suas angustias ...” (Ex 3, 7). Além do mais, nossa fé não tem simplesmente no seu centro um livro, mas uma história da salvação e, principalmente, uma pessoa, Jesus Cristo, a Palavra de Deus feita carne. A Igreja surge da vontade da Palavra Encarnada, Jesus Cristo; nela subsiste e a tem como centro de vida e de missão. Assim, fiel a sua missão mantém indelével a Palavra e a Tradição, garantindo a certeza para cada homem e cada mulher da mensagem anunciada. Neste contexto, a Igreja, guiada pelo Espírito Santo, tem através do seu Magistério, o dever de interpretar com autenticidade a Bíblia.


2. O ROSTO da Palavra = Jesus Cristo: a Palavra que se fez carne (Jo 1, 14) se reflete sobre Jesus Cristo como plenitude da Revelação (cfr. Hb 1, 1-2). A Palavra feita carne assume a condição humana sem perder a sua divindade. O divino entra na história, numa cultura, numa época. O conhecimento da Bíblia não é, em primeiro lugar, uma decisão ética ou uma verdade unilateral. Ela é antes de tudo, um encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá à vida um novo sentido, um novo horizonte e orienta para decisão certa.


3, A CASA da Palavra = Igreja: a Igreja tem como missão anunciar Jesus Cristo ao mundo, sendo o primeiro passo a proclamação do querigma. Anunciado o querigma, tem como empenho a catequese, a fim de aprofundar a proposta do mistério do Cristo à luz da sua Palavra. A Palavra escutada deve ser vivida: por isso, a Igreja une sempre a Palavra com a caridade.


4. OS CAMINHOS da Palavra = a missão: a Palavra de Deus é apresentada como “caminho” (cfr. Is 1, 2-3; Mt 28, 10-20 e as várias passagens dos Atos). Cristo ressuscitado ordenou aos Apóstolos de ir pelo mundo fazer discípulos: a Palavra deve ser anunciada em todos os cantos e através de todos os meios possíveis. Um dos espaços mais importantes para o anuncio é justamente a família.

É importante observar, também que este Sínodo está em continuidade com o anterior sobre a Eucaristia com o tema: “Eucaristia, fonte e ápice da vida e da missão da Igreja", realizada em Roma de 2 a 23 de outubro de 2005. Os dois Sínodos acentuam a centralidade da Missa dentro de seus dois ritos principais, ou seja, o Rito da Palavra e o Rito da Eucaristia, onde o Povo de Deus é convidado à mesa do Pão e à mesa da Palavra.

Isso lembra, com muita propriedade, a importante afirmação feita pelo Concílio Vaticano II no Documento sobre a revelação, Dei Verbum (21): “A Igreja sempre venerou as divinas Escrituras, como também o próprio corpo do Senhor; sobretudo na sagrada liturgia, nunca deixou de tomar e distribuir aos fiéis, da mesa tanto da palavra de Deus como do corpo de Cristo, o pão da vida. Sempre considerou as divinas Escrituras e continua a considerá-las, juntamente com a sagrada Tradição, como regra suprema da sua fé”.

Para que a Palavra seja “a festa e alegria para o nosso coração”, não deixemos passar um dia, sobretuto neste mês, sem ter lido uma passagem desta messagem que nos traz a alegria da salvação.


Com um abraço fraterno,

Pe. Vicente Frisullo

18 de setembro de 2009

Encontro Diocesano da JM é realizado na Comunidade de Santo Agostinho

No dia 12 de setembro, a Juventude Missionária da Diocese de São Miguel Paulista, se reuniu na Comunidade de Santo Agostinho para um Encontro de Formação e Animação Missionária.

Para a reflexão do tema “Jovens Missionários no Mundo de Hoje”, os participantes contaram com a colaboração do jovem Eduardo, da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, que pontuou algumas características e ações do jovem cristão inserido no mundo; e do testemunho das irmãs Irene e Madalena, Missionárias da Consolata.

Marcaram também os momentos de espiritualidade missionária, animação e da gincana que concluiu o encontro.

JM – Diocese de São Miguel Paulista
















Missa da Juventude - 30 de agosto de 2009










1 de setembro de 2009

A Palavra, Alimento da Missão.

Costumeiramente, no Brasil o mês de setembro é chamado “mês da Bíblia”. Ao longo do mês nossas comunidades se reúnem em torno do Livro Sagrado com um olhar especial. Afinal, é o livro que nos fala de um Deus que “amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho único” (Jo 3,16s).

Para os cristãos conscientes da missionariedade de seu Batismo o mês da Bíblia também é especial, pois este livro contém toda a pregação da Igreja, desde suas origens. É a Palavra de Deus quem causa a fé daqueles que ainda não conhecem Jesus. Eles irão converter-se á medida que lhes for anunciada a Palavra. “Como crerão, se não houver quem pregue? E como pregarão se não forem enviados?” (Rm 10,14). São Paulo, então, está nos dizendo que a fé vem da Palavra, lida, ouvida e explicada.

Esta mesma Palavra que traz a fé, alimenta a vida do missionário. Por isso, deve ser sempre o “prato do dia” na vida daquele que pretende ser amigo e fazer amigos para Jesus. Não se entende um cristão (isto é, um missionário) que não tenha profunda intimidade com a Palavra de Deus, que não lê nem medite assiduamente a Sagrada Escritura.

Os bispos reunidos no Sínodo dos Bispos de 2006, sobre a Palavra de Deus na vida da Igreja, insistiram várias vezes sobre o valor da leitura frequente da Palavra de Deus, sobretudo sob a forma de leitura orante. Esta, em seus variados métodos, permite que o fiel tenha um contato mais próximo com o Deus que falou “outrora a nossos pais pelos profetas, mas, nestes dias, que são os últimos, falou-nos pessoalmente através de seu Filho Jesus” (Hb 1,1-2) continua a falar-nos pela Bíblia, lida na e pela Igreja.

Felizmente hoje em dia muitos dos nossos fieis discípulos missionários de Jesus têm a Bíblia em casa (na sua língua, pois é o livro mais traduzido do mundo) e a lêem com frequência, progredindo em sua vida espiritual. Cursos bíblicos se multiplicam em todos os cantos do país e a cada dia surgem novas edições, a preços acessíveis, para que nosso povo possa beber fartamente desta fonte de Água Viva ali contida.

Oxalá toda esta movimentação em torno da Bíblia, não só em setembro, mas ao longo de todo o ano, possa produzir missionários cada vez mais conscientes de seu dever de cooperação missionária universal e mais ardorosos no desejo de fazer com que a Pessoa de Jesus (e suas consequências) seja conhecida e amada no mundo inteiro.

Pe. Edson Assunção, Secretário Nacional da IAM.