2 de dezembro de 2011

O advento cristão


Estamos iniciando um novo tempo litúrgico: o ADVENTO. Mais um ano se passou!

Advento - adventus, em latim - significa vinda, chegada, espera. É uma palavra de origem profana que designava a vinda anual da divindade pagã, ao templo, para visitar seus adoradores. Acreditava-se que o deus, cuja estátua era ali cultuada, permanecia no meio deles durante a festa. Deus veio nos visitar! Na linguagem corrente, advento significava a primeira visita oficial de um personagem importante

Todos os grandes eventos exigem uma preparação. Por isso, a Igreja instituiu, na Liturgia, um período que antecede o Natal: o advento, preparação para a chegada de Jesus o Filho de Deus na terra.

Receber uma visita é uma arte que uma dona de casa exercita com freqüência. E quando o visitante é ilustre, os preparativos são mais exigentes... não é verdade ...? Na véspera, uma arrumação geral na casa seria de praxe, de modo a ficar tudo bem ordenado, na expectativa da visita.

Se isso acontece na nossa vida social, o mesmo deveria acontecer na nossa vida espiritual. É o que ocorre, no ciclo litúrgico, em relação às grandes festividades, como por exemplo, o Natal que é precedido de um período de quatro semanas, o Advento, acompanhado de um período depois do Natal, até o batismo de Jesus. Todo este período é chamado: Ciclo de Natal.

Os primeiros traços da existência de um período de preparação para o Natal aparecem no século V, quando São Perpétuo, Bispo de Tours, estabeleceu um jejum de três dias, antes do nascimento do Senhor. Mas, a festa de Natal já existia: ela começou no ano 350. Acabou sendo fixada no dia 25 de dezembro porque esta era a data em que os romanos celebravam o dia do SOL INVICTO. Para os cristãos, é o verdadeiro é JESUS que venceu as trevas da morte.

Com esse tempo de preparação, a Igreja quer ensinar-nos que a VIDA, neste vale de lágrimas, é um grande ADVENTO - espera vigilante - e, se a vivermos bem, isto é, de acordo com a Lei de Deus, Jesus Cristo será nossa recompensa, e nos reservará no Céu um belo lugar, como está escrito: "Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam" (1Cor 2,9).

Sabemos que no início, a única festa era o DOMINGO, a Páscoa da semana: o dia do Senhor, que era o primeiro dia da semana, quando aconteceu a RESSURREIÇÃO: todo domingo era dia de Ressurreição, o dia do Senhor. Em seguida foram surgindo outras festas para melhor celebrar os mistérios de Jesus Cristo. Foi somente entorno do ano 350, quando a religião cristã era já permitida, que se chegou a celebrar o Natal: o nascimento do SOL da humanidade. O Advento é um tempo de preparação - espera vigilante - para a festa do Natal de Jesus.

MAS a Igreja quer que nós pensemos em outro Advento:
- na chegada-encontro de Jesus no dia a dia de nossa vida (ele bate);
- na chegada-encontro de Jesus no último dia da nossa vida;
- na chegada-encontro de Jesus no dia da nossa ressurreição, no encontro definitivo, que abre as porta para a comunhão com Deus Trindade.

Isso significa que toda a vida do cristão é um Advento, uma espera vigilante feita de oração, leitura e meditação da Palavra de Deus, e de amor ao irmão, para encontrar o Senhor que vem sempre ao nosso encontro, que sempre passa e bate à nossa porta.

Advento, tempo de preparação para encontrar Jesus que vem. Isso significa que o Natal, em primeiro lugar, é o próprio Jesus.

Bom Advento, para termos um ótimo Natal, a festa do coração que encontra Jesus.

Abraços,

Pe. Vicente Frisullo
pároco

Ordenação Sacerdotal dos Freis Ailton e Cleyton, da Ordem da Santíssima Trindade - 12/11/2011

Salve Regina (Salve Rainha) em gregoriano - Trinitários


No dia 12/11/2011, na paróquia Nossa Senhora de Fátima, tivemos a ordenação presbiteral dos freis Ailton e Clayton. A família trinitária, cantou a Salve Rainha em canto gregoriano.

5 de novembro de 2011

Estamos em festa: Ordenações Sacerdotais na Paróquia do Curuçá!


CHAMADOS PARA EVANGELIZAR

A voz de Jesus: “Ide, fazei discípulos...!” (Mt 28,19) ressoa desde sempre dentro da Igreja, como uma exigência de sua identidade: a Igreja é por sua natureza missionária. É por isso que esta mesma voz ressoa na mente e no coração dos cristãos no final de cada celebração eucarística: “Ide ...!”.

No próximo dia 12 de novembro, às 9h30, dois jovens: frei Clayton dos Santos e frei Aílton Antunes de Almeida, da Ordem da Santíssima Trindade, vão fazer desta missão a razão de suas vidas: eles serão ordenados sacerdotes, na nossa igreja paroquial, para assumirem e continuarem a missão de Jesus. Eles, como os Apóstolos e os discípulos de todos os tempos, ouviram o chamado de Jesus e responderam com generosidade. Depois de anos de preparação, feita de oração e de estudo, a Igreja acolhe e reconhece sua vocação e os destina à missão de fazer discípulos (Mt 28,19). Será o nosso bispo Dom Manuel Parrado Carral a impor as mãos, tornando-os sacerdotes de Cristo para a salvação do mundo. Como sacerdotes, levarão à plenitude a vocação do Batismo, configurando-se com Jesus Bom Pastor.

Sacerdotes de Cristo eles oferecem suas vidas para que o Cristo possa chegar a todos; ministros da Igreja assumem, de forma plena, a missão que receberam no Batismo; sacerdotes da humanidade, se tornarão irmãos de cada homem e mulher que encontrarão em seu ministério, para serem sinais do amor misericordioso de Deus Trindade.

Ao frei Clayton dos Santos e ao frei Aílton Antunes de Almeida, à Ordem da Santíssima Trindade, a suas famílias, os parabéns de toda a Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Que seu ministério seja fecundo para a glória da Trindade e a santificação do mundo.

Rezemos para que o Senhor continue a suscitar na Igreja vocações para o sacerdócio, a vida religiosa e os ministérios leigos. E aí vai o apelo aos JOVENS: não tenham medo de oferecer sua vida a Jesus, respondendo generosamente SIM ao seu chamado. Com um abraço, no coração da Santíssima Trindade.
Pe. Frei Vicente Frisullo
Pe. Frei Vicente de Paulo

CONVITE PARTICIPE DO TRÍDUO VOCACIONAL
pela Ordenação sacerdotal de Frei Clayton e Frei Ailton O.SS.T
- dias 9-10-11 de novembro, às 20h.

- dia 12 – sábado às 9h30
ORDENAÇÃO SACERDOTAL

15 de outubro de 2011

“A Igreja é por sua natureza missionária” (AG, 2)


O mês missionário nos oferece a oportunidade de refletir sobre uma das dimensões fundamentais da nossa fé e vocação cristã que se fundamentam na natureza da própria Igreja, na qual somos inseridos pelos sacramentos da Iniciação cristã. “A Igreja é por sua natureza missionária” (AG, 2). Esta afirmação é conseqüência do fato de a Igreja ser “sacramento universal de salvação” (LG 1; 48). Sendo assim, o serviço mais precioso que ela pode prestar à humanidade, e a cada pessoa individualmente em busca das profundas raízes da existência humana, é o anúncio do Evangelho.

Esta finalidade - lembra Bento VI na sua mensagem para o 85º dia mundial das missões - é continuamente renovada pela celebração litúrgica, que se conclui sempre fazendo ressoar o mandato de Jesus ressuscitado aos Apóstolos: “Ide ...” (Mt 28,19; Mc 16,15).

A liturgia é sempre um chamamento ‘do mundo’ e um envio ‘ao mundo’”. Pois, se a fé é um encontro com Cristo vivo, devemos ser “vigilantes e prontos para reconhecer o seu rosto e correr a levar aos nossos irmãos o grande anúncio: ‘Vimos o Senhor’” (Novo millennio ineunte, 59). Isso, porque, em vista do “Ide ...”, o Evangelho não é um bem exclusivo de quem o recebe, mas constitui uma dádiva a compartilhar, uma boa-notícia a comunicar: somos Igreja por isso.

A Igreja é por sua natureza missionária”: está é “a graça e a vocação própria ... ela existe para evangelizar” (Evangelii nuntiandi, 14): nesta missão, estão envolvidas todas as suas atividades. Daí a ação missionária da Igreja e de cada batizado não se limitar a alguns momentos como o mês missionário ou a jornada mundial das missões. Mas, quais são os fundamentos bíblicos da missão?

A Bíblia mostra que o Deus que criou a humanidade é o mesmo Deus que elegeu o povo de Israel. Ele é o Senhor de toda a história e de todos os povos. Nesse horizonte o povo de Israel, eleito, desempenha a função de testemunha do Deus único e verdadeiro diante dos outros povos.

Entretanto, também os outros povos têm uma própria história dirigida pelo mesmo Deus; também eles têm uma Lei que não é aquela de Moisés, mas aquela de Noé. O encontro entre Israel e as nações é importante para reconhecer que também elas possuem uma luz, indo na direção de Jerusalém (Is 60), ou na direção do Messias (Mt 2,1-12), porque para elas Deus indicou um caminho a seguir (Mt 2, 9-10) e nelas estão presentes as sementes do Verbo.

No AT não se encontra o termo missão, mas a idéia está claramente expressa no verbo shalah “enviar/mandar” que ocorre inúmeras vezes. Na maioria das vezes o verbo shalah indica o “envio de alguém” com a função definida de mensageiro. Significativo e importante é o envio dos profetas, os mensageiros de Deus, entre os quais emerge a figura de Moisés.

A “missão” dos profetas
Deus nunca deixou seu povo abandonado, sem a sua palavra: “Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito até hoje, enviei-vos todos os meus servos, os profetas; cada dia os enviei, incansavelmente” (Jr 7,25). Deus de Israel, manifesta sua solicitude constante para com seu povo enviando os seus servos, os profetas, mas o povo nem sempre os aceita: desde a saída do Egito e da constituição da Aliança o povo de Israel não obedece à voz do seu Deus! Também Jeremias, no discurso pronunciado no templo de Jerusalém, lembrando esta solicitude divina de enviar profetas (7,25), lembra também a triste e conhecida indisposição do povo: “Eles não me escutaram nem prestaram ouvidos, mas endureceram a sua cerviz e foram piores do que seus pais. Tu dirás a eles todas estas palavras, mas eles não te escutarão!” (7,26-28).

Mas há também outro problema: os próprios enviados têm dificuldade em relação à missão: Moisés exige sinais para dar credibilidade à sua missão (Ex 3,11ss.), tenta rejeitá-la (Ex 4,13), ou se queixa com amargura pelas dificuldades que ela acarreta (Ex 5,22); Jeremias coloca objeções antes de aceitar (Jr 1,6), e é bem conhecida a tentativa de Jonas de fugir da missão, e isso é constante; somente em Isaías encontramos uma pronta disponibilidade: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8).

O fato de Israel ser depositário das promessas de Deus se exprime através do conceito de eleição, que é uma convicção constitutiva da fé de Israel. O texto clássico que considera esta eleição como ato gratuito de Deus, que exige reciprocidade da parte do povo é Dt 7,6-8: “Você é um povo consagrado a Javé seu Deus: foi a você que Javé seu Deus escolheu para que pertença a ele como povo próprio, entre todos os povos. Se Javé se afeiçoou a vocês e os escolheu, não é porque vocês são os mais numerosos entre todos os outros povos! Foi por amor a vocês e para manter a promessa que ele jurou aos antepassados de vocês”. Os profetas pré-exílicos conhecem e apelam continuamente para a eleição (Am 3,2).

Mas, eleição por que e em vista de que? O Déutero-Isaías (Is 42,1) aplica esta eleição ao povo inteiro e indica claramente que ela não pode ser separada da missão: Israel diante das nações é sinal/testemunha de Javé, pois tem a missão de torná-lo conhecido como o único e verdadeiro Deus que salva (Is 43,10.12; 44,8).

Isso acaba levando à abertura aos pagãos, como mostra a censura ao nacionalismo religioso exagerado do livro de Jonas, e à tradução da Bíblia para o grego, iniciativa do judaísmo alexandrino que toma a consciência de ser povo testemunha no meio das nações pagãs (Sb 13-15): é a leitura da eleição como missão. Israel é investido da missão de ser luz das nações, para que elas encontrem a salvação. É justamente diante deste perigo - os povos pagãos podem se perder - que os profetas, apesar dos temores, rejeição e até recusa, terminam por aceitar a missão, pois têm a certeza da presença de Deus: “Vai, eu estou contigo” (Ex 3,12).

Quando a Igreja afirma que ela é “por sua natureza missionária” é porque se coloca nesta linha de sinal para os povos, assim como Israel era um sinal para os gentios. Neste sentido, a missão não é uma tarefa opcional, mas uma parte integrante da identidade cristã (DAp, 144).

Como o povo de Israel, assim a Igreja é um estandarte, sinal (veluti sacramentum, LG 1) no meio das nações para sinalizar a salvação. Se a Igreja é “por sua natureza missionária”, também o batizado nasce missionário: em cada batismo nasce um missionário. Todos nascemos daquele “Ide ...”, a Igreja e todos nós, seus membros.

Pe. Vicente Frisullo, O.SS.T.
Pároco

Para a reflexão
- A missão é uma questão de espírito: sentir a urgência do anúncio de Jesus Cristo como único Salvador. Foi este “sentir com a Igreja” o ardor missionário que fez de Santa Terezinha a padroeira das missões, mesmo sem nunca sair do mosteiro.
- Qual é a minha preocupação com o anúncio de Jesus Cristo? Qual é a minha participação ... ânsia, oração, sacrifício para o sucesso desta missão da Igreja no mundo?

IAM e JM participam de Jornada Missionária

Participantes da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima - Vila Curuçá

No dia 08 de outubro, a Diocese de São Miguel Paulista, São Paulo-SP, através da coordenação diocesana da Infância e Adolescência Missionária (IAM), realizaram mais uma Jornada Missionária. Dessa vez na Paróquia de São Francisco de Assis, Setor Guianases.

A jornada teve como tema “Missão na Ecologia” e lema “Esperanças na caminhada, com a Bíblia na mão, para a Missão”, em comunhão com as festividades de 25 Anos de fundação da Fraternidade Palavra e Missão que atua na paróquia; e contou com a participação de mais de 300 crianças e adolescentes da Infância Missionária e da catequese de onze paróquias da diocese.

No início do encontro, a assessora da IAM na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, Pamela dos Santos Mariano, apresentou o tema da Campanha Missionária deste ano “Missão na Ecologia” e conduziu os participantes a refletiram sobre a importância e responsabilidade da IAM na preservação do Meio Ambiente. Em seguida, com orações, teatro, danças e poesias, os participantes apresentaram, de forma criativa, o tema e lema da jornada. A animação ficou por conta da Juventude Missionária da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, da Vila Curuçá.

Ainda, durante o encontro, as crianças e adolescentes apresentaram seus cofrinhos missionários, que totalizaram a quantia de cerca de R$ 800,00 que serão encaminhados ao Fundo Mundial de Solidariedade da IAM. Além disso, os participantes fizeram a oferta de alimentos não-perecíveis e materiais de higiene que foram doados ao Projeto Esperança, que atua junto às crianças e jovens em situação de risco e violência, especialmente junto aos portadores de HIV/AIDS e seus familiares.

Por fim, ao som de músicas e apitos, os participantes saíram pelas ruas do bairro para testemunhar alegria de serem discípulos missionários de Jesus.

Para o pároco da Paróquia de São Francisco de Assis, Pe. José Carlos Stoffel, o encontro foi marcado pelo testemunho das crianças e adolescentes. “Este momento é testemunho do protagonismo das crianças. Vendo as apresentações e a caminhada pelas ruas, me recordo da passagem do Evangelho das crianças com Jesus, quando Ele repreende os discípulos e pede: ‘Deixem vir a mim os pequeninos’”.

A Jornada Missionária da IAM é realizada anualmente na Diocese de São Miguel Paulista. Segundo o coordenador diocesano, Rodrigo Alves Piatezzi, “Esta jornada já é uma tradição aqui na diocese. Além de ser um momento de partilha de experiências é um momento de reflexão e animação missionárias, principalmente para a paróquia que acolhe as crianças e adolescentes. Na Paróquia de São Francisco de Assis, por exemplo, ainda não há a Infância Missionária, mas a equipe paroquial, com a assessoria do Pe. José Carlos, vem se preparando a um bom tempo e, a partir deste momento, iniciarão as atividades com as crianças e adolescentes”.

Equipe Diocesana da IAM
Diocese de São Miguel Paulista

Veja mais fotos em nossa página do flickr.

Garotada Missionária na Campanha Missionária 2011

A Campanha Missionária é promovida em todo o mundo pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) e realizada todos os anos em outubro, Mês das Missões, culminando no Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo do mês, neste ano, 23 de outubro).

Neste dia, todo católico é motivado a dar sua oferta material para as Missões. Cerca de 1.100 dioceses de territórios de Missão (todo o Continente africano e o asiático, bem como a Oceania e parte da América Latina e países da Europa Oriental) recebem regularmente ajuda financeira anual proveniente das doações dos fiéis.

No Brasil...
Anualmente as POM enviam a todas as dioceses do Brasil, para animar o Mês das Missões vários subsídios. Desde o ano passado, as POM, em parceria com a Verbo Filmes, produzem um DVD para animar os encontros e formações missionárias. Neste ano, um dos vídeos é dedicado a Infância e Adolescência Missionária e retrata um pouco do trabalho desenvolvido na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima - Vila Curuçá.

Assista ao vídeo:

22 de setembro de 2011

“Quem és tu?”, eu queria responder: “Eu sou a palavra de Deus!”.

O mês de setembro, para a Igreja no Brasil, já é sinônimo de MÊS DA BÍBLIA. A redescoberta da Palavra de Deus tem sido um dos elementos mais marcantes da Igreja no Brasil e na América Latina, antes mesmo do Concílio Vaticano II. São conhecidos os famosos círculos bíblicos, os grupos de rua que se contam aos milhares no Brasil. Parece mesmo que Deus realizou sua promessa: “Dias virão - oráculo do Senhor - em que vou mandar a fome sobre o país: não será fome de pão, nem sede de água, e sim fome de ouvir a Palavra de Javé” (Am 8, 11).

São Jerônimo, presbítero e doutor, cuja memória celebramos dia 30 de setembro, dizia que “Desconhecer as Escrituras é desconhecer o Cristo”. A convicção de que o conhecimento da Palavra de Deus é indispensável para a maturidade da fé cristã, levou o Concílio Vaticano II a fazer uso desta expressão no documento sobre a Revelação (DV 25).

Os apelos sobre o amor à Palavra de Deus são tantos na Bíblia. Vale a pena relembrar a famosa passagem do Deuteronômio: “Ouvi, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor... Que estas palavras que hoje te ordeno estejam gravadas em teu coração! Tu as inculcarás aos teus filhos, e delas falaras sentado em tua casa e andando em teu caminho, deitado e de pé. Tu as atarás também à tua mão como um sinal, e serão como um frontal entre teus olhos; tu as escreverás nas entradas da tua casa e nos portões da tua cidade” (Dt 6, 4-7; 32, 46-47). A exortação é ter a Palavra de Deus sempre presente em cada momento da vida. Claro, não se trata di mero conhecimento da Palavra de Deus. Ela precisa ser gravada no coração para servir de orientação na vida, como o próprio Jesus lembra na parábola de Mt 7, 21ss, para que possamos construir o projeto de nossa vida sobre base solida. Sem isso se perde o objetivo da Palavra que é a utilidade instrumental, como bem sublinha Paulo a Timóteo: em primeiro lugar “ela tem o poder de comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Jesus Cristo”. Por isso mesmo, ela se apresenta “útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça”. E esta utilidade instrumental, segundo São Paulo, se explicita num objetivo bem preciso: “a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2Tm 3, 15-17). É a Palavra em vista da transformação do ouvinte em praticante, do seguidor em testemunha, do discípulo em missionário.

Chiara Lubich, grande testemunha da vivência da Palavra que, bem antes do Concílio Vaticano II ritmou sua vida com a leitura da Palavra de Deus (método da Palavra de vida), podia afirmar: “É o maior esforço da minha vida viver a Palavra, ser a palavra, a Palavra de Deus. Se você me perguntar: “Quem és tu?”, eu queria responder: “Eu sou a palavra de Deus!”. Ser a palavra, como Jesus é a Palavra, como o prólogo do evangelho de João o afirma com todas as letras (Jo 1,1-5.10-14) e o próprio povo se admirava com as palavras de Jesus e com Jesus Palavra (Mt 7, 28-29), pois nele, pessoa e palavra, coincidem numa perfeita identidade: Jesus é a Palavra.

Tornar-se palavra, ser a palavra: encarnar a palavra, como nos sugere Tiago em sua carta, pois a mera escuta da palavra, sem vivenciá-la, é a ilusão de quem se olha no espelho e vá embora esquecendo seu próprio semblante (Tg 1,22-24). Ser a palavra: é a conseqüência de quem “ouve a palavra e a põe em prática” (Mt 7, 24).

Num mundo agitado e barulhento como o nosso nem sempre é possível o encontro seeno e tranqüilo com a Palavra. Portanto a presença de Deus só pode ser percebida na “brisa suave” (1Rs 19,12): tantos as distrações quanto as preocupações, que não faltam no dia a dia, podem ser um verdadeiro entrave à escuta da Palavra, como testemunha Mt 13,1-9, onde a palavra se torna parábola, história que nos faz descobrir uma dimensão mais profunda, que confere ao cotidiano toda a espessura da vida real: a semente espalhada como chuva cai apenas parcialmente em terra boa, onde irá dar frutos, em grande parte se perde no terreno seco, ou entre as pedras ou entre espinhos.

Terreno seco, pedras e espinhos: problemas de todos e de sempre, essencialmente os mesmos que há dois mil anos atrás. Pode-se perguntar de onde vem o encanto dessa e doutras histórias, ainda vivas após dois mil anos em um mundo mudado radicalmente. A resposta, paradoxalmente, está no fato de que elas não mostram circunstâncias extraordinárias, mas sempre a partir dos pequenos problemas em que nos encontramos presos ou que conhecemos e que hoje também poderiam nos afetar.

Mas desta parábola, podemos deduzir também outra coisa. Por exemplo, que Deus não se desinteressa pelos homens; o fato de que lhes dirija sua palavra demonstra que Ele tem cuidado de nos orientar para o bem, afim de que, como se expressa Paulo a Timóteo, o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2Tm 3, 15-17): a Palavra tem uma finalidade prática, como é afirmado, por exemplo, pela coleta da Missa do 15º domingo do tempo comum: "Aumentai em nós, ó Pai, com o poder do vosso Espírito, a disponibilidade para acolher a semente de vossa palavra, que continuais a semear sobre toda a humanidade, para que frutifique em obras de justiça e de paz e revele ao mundo a bendita esperança do vosso reino”. O resultado da fiel escuta da Palavra é dar fruto “em obras de justiça e de paz ”. A escuta da Palavra exige uma resposta produtiva, pois faz apelo à nossa responsabilidade pessoal para a construção do Reino. É preciso dilatar o coração para acolher a Palavra e levá-la para a vida, tranformá-la em exemplo vivo produzindo na ordem de “cem, sessenta e trinta frutos por um” (MT 13, 9): contando com a graça de Deus, que sustenta o nosso zelo pela Palavra, possamos produzir sempre... cem frutos por um, não nos conformandos com a mediocridade e o minimalismo de nossa vida espiritual!

Dada a importância para a fé e a vida cristã, o Documento de Aparecida lembra que “é necessário educar o povo na leitura e meditação da Palavra; que ela se converta em seu alimento para que, por experiência própria, vejam que as palavras de Jesus são espírito e vida”, pois “É preciso fundamentar nosso compromisso missionário na Rocha da Palavra de Deus” (247).

A Palavra de Deus constitui um dos pontos de partida decisivo para o encontro com Jesus Cristo. Isso porque, lendo, conhecendo e meditando a Palavra, o cristão é convidado a ir além dela para realizar o encontro com a Palavra, que e a pessoa de Jesus. Segundo São Tomás de Aquino, mais do que as palavras da Bíblia somos instados a procurar a Palavra que constitui o centro de toda a Bíblia. Hugo de São Victor, como já tinha feito Santo Agostinho, coloca a pessoa de Jesus como ponto de convergência dos dois Testamentos: “Toda a Sagrada Escritura constitui em um só livro, e este livro único é Cristo no mistério, porque toda a Divina Escritura fala de Cristo e se realiza em Cristo”.

Aconteça em nos o que São Jerônimo afirmava com toda convicção: “Comemos e bebemos o Sangue de Cristo no mistério (da Eucaristia), mas também na leitura das Escrituras ... para mim, penso que o Evangelho é o corpo de Cristo”: a Palavra como alimento cotidiano, verifica constante da nossa configuração com Cristo e do nosso progresso no caminho as santidade!

Para refletir:

- A Igreja pede que todos os fieis, “mormente os religiosos, aprendam ‘a eminente ciência de Jesus Cristo’ (Fl 3,8) com a leitura freqüente das Divinas Escrituras” (DV 25).

- O discípulo que, por amor a Jesus, pretende se tornar missionário, não pode prescindir de uma “escuta religiosa da Palavra de Deus” (DV 1).

- Qual é o lugar que a Palavra de Deus ocupa em minha vida?

“No silêncio da noite medito tua palavra... Levanto-me no meio da noite para ler tua palavra ... Acho consolo em tua palavra ... Meditarei tua palavra ... Desejo tua palavra ... Tua palavra faz minhas delícias dia e noite medito tua palavra ... Tua palavra é lâmpada para os meus pés, é luz para o meu caminho” (Salmo 119).

Pe. Vicente Frisullo, O.SS.T.

Pároco

Missa da Juventude - 31/07/2011

25 Anos Pe. Vicente - Homenagem do Viva a Vida e Restrospectiva

25 Anos Pe. Vicente - Homenagem da Escola de Futsal

25 Anos Pe. Vicente - Mensagem das crianças e funcionários da Creche

25 Anos Pe. Vicente - Depoimentos dos paroquianos

25 de maio de 2011

Celebração em Ação de Graças pelos 25 Anos de Presença Missionária do Pe. Vicente na Vila Curuçá - 22/05/2011

“A Ti louvor, a Ti glória, a Ti ação de graças, ó Santíssima Trindade”!

É este o hino de louvor e glorificação que todo membro da Família trinitária eleva a Deus-Trindade. Louvor, glória, ação de graças pelos inúmeros dons que Deus-Trindade semeou em minha vida. O dom fontal da vida, o dom do batismo e da fé, o dom da vocação à vida religiosa e ao sacerdócio, e à missão, e com isso, o dom do serviço pastoral.

Cheguei ao Brasil dia 29 de outubro de 1979, destinado à paróquia de Nossa Senhora Aparecida em São Vicente, Diocese de Santos. Dia 22 de maio de 1986, vindo da Itália, cheguei ao aeroporto de Campinas com destino na paróquia de Nossa Senhora do Carmo, em Itaquera. Mas, o padre Paulo Bezerra que veio me apanhar, disse que tinha um novo destino... A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, da Vila Curuçá, aonde cheguei às 15h15. São 25 anos!

A paróquia dobrou o numero de Comunidades, hoje são seis. E tantas outras realidades
pastorais e sociais, como o Centro Social com suas atividades esportivas e culturais, a escola de futebol, a creche... E também a nova igreja matriz da paróquia. Tudo, graças à colaboração de muita gente. Por isso devo ainda cantar: A Ti louvor, a Ti glória, a Ti ação de graças, ó Santissima Trindade pelos inúmeros agentes de pastoral que nestes anos todos colaboraram com muita fé e generosidade.

Um agradecimento aos padres que, antes de mim, passaram por esta Comunidade paroquial: Aleixo Monteiro Mafra, André Anesa, Emílio Falco, José Vicente, Paulo Albuquerque, os últimos três como párocos. Recebi uma bela Comunidade paroquial! Sem dúvida eu colhi daquilo que eles semearam, regaram e cuidaram.

Um agradecimento também aos meus confrades religiosos da Família Trinitária, sobretudo ao Padre Antonio Gervásio, que por vários anos, colaborou como vigário paroquial.

Não posso deixar de lembrar Dom Manuel Parrado Carral e Dom Fernando Fernando Legal pela confiança que depositaram em mim, nos vários encargos pastorais diocesanos que me confiaram. São os meus mestres na arte da Pastoral.

Com o hino de louvor e ação de graça à Santíssima Trindade, vai também o meu pedido de perdão por todas aquelas vezes que não dei o máximo de mim: Jesus e a sua Igreja merecem um pouco mais daquilo que somos capazes de lhes dar!

A todos os meus queridos paroquianos, razão da minha alegria de pastor, um abraço
carinhoso com a benção da Santíssima Trindade, fonte de todas sãs graças.

Pe. Vicente Frisullo, O.SS.T

25 anos de Pároco - Serviço à Igreja Diocesana e à Comunidade

No dia 22 de maio presidi a solene Eucaristia de ação de graças pelos 25 anos do Pe. Vicente Frisullo, O.SS.T, como pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, da Vila Curuçá. O acontecimento é um convite a refletir sobre a paróquia na estrutura da Igreja, a pessoa e a missão do pároco.

A palavra paróquia é de origem grega: paroikia. É formada pela junção de duas palavras: para, que significa perto, junto de, e oikos, que significa casa. Paróquia em sentido literal significa próximo de casa ou ao redor da casa.

Historicamente, em cada cidade havia um bispo, um pastor. Com o crescimento das cidades e a necessidade de atender as áreas rurais, na impossibilidade do bispo estar presente em todos os lugares do território de sua diocese, passou a confiar parte do rebanho a um presbítero que, em seu nome e sob sua orientação, vai pastorear essa porção do povo de Deus, fazendo as vezes do bispo. Esse presbítero, pastor local, é conhecido como pároco (Sacrosanctum Concilium, n. 42). Lembrando que as primeiras paróquias surgiram no século IV.

A paróquia está sob a jurisdição do bispo diocesano e é por este confiada a um pároco que deve ser um autêntico discípulo de Jesus Cristo e junto ao povo exerce o múnus profético, ensinando e anunciando a Palavra, o múnus sacerdotal, santificando o povo pela celebração dos sacramentos e o múnus de governar, animando e guiando a comunidade no seguimento de Jesus Cristo. Ensinar, santificar e governar a porção do povo de Deus que lhe foi confiada pelo bispo diocesano é a missão do pároco.

Cada pároco, em comunhão com seu bispo diocesano, é o meio através do qual o próprio Cristo ama os homens, alcança as pessoas, as instrui, as guarda e as guia. É através da solicitude pastoral do pároco, aberto a todos, atento aos que estão próximos, solícito em relação aos afastados e distantes que é manifestada aos homens e mulheres a misericórdia e o amor infinito de Deus.

Celebrar os 25 anos do Pe. Vicente Frisullo como pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima é vivenciar o significado de uma paróquia e a missão de um pároco.

Pe. Vicente conduz essa paróquia com profundo sentido eclesial e em comunhão com as orientações da Diocese. Ele age com a plena convicção de que sua comunidade paroquial é uma comunidade de fiéis cristãos em comunhão de fé e de sacramentos com o seu bispo, ordenado na sucessão apostólica. E é em nome da pessoa de Cristo "in persona Christi Capitis" - na pessoa de Cristo Cabeça que ele ensina, santifica e governa com a autoridade de Cristo e não com sua própria autoridade, a porção do povo de Deus que lhe foi confiada pelo bispo diocesano.

Que a Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo e dos Sacerdotes, invocada sob o título de Nossa Senhora de Fátima fecunde cada vez mais o ministério sacerdotal e paroquial do Pe. Vicente Frisullo.

Dom Manuel Parrado Carral

Bispo Diocesano de São Miguel Paulista

24 de maio de 2011

Pe. Vicente Frisullo... “25 Anos de Vida e Missão na Vila Curuçá”

Aos 06 de junho de 1946 nasce Vincenzo Frisullo, quinto filho do casal Luis Frisullo e Maria Neve Sambati. De família religiosa e humilde, participava ativamente das orações na Igreja e em família.

Inclinado à oração, florescia no pequeno Vicente o desejo de uma vida mais consagrada a Deus. Indeciso foi incentivado pelo seu irmão Miguel e decidiu dar início a sua vida religiosa no Convento dos Frades Trinitários.

Após anos de espera e preparação, foi ordenado sacerdote no dia 29 de dezembro de 1976.

Três anos mais tarde inicia sua missão no Brasil, na cidade de São Vicente, onde ficou até o ano de 1984, quando volta para a Itália. Em maio de 1986 retorna ao Brasil, vindo para São Paulo, na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, Vila Curuçá... Eram três e quinze da tarde, do dia 23 de maio de l986.

Incansável formador, lança-se à tarefa evangelizadora dos fiéis a ele confiados, desenvolvendo numerosas atividades, tanto na própria Paróquia como na Diocese, sobretudo no campo da Catequese. Aproximou a Bíblia do povo e investiu na formação permanente dos agentes e coordenadores das mais de 25 pastorais atuantes nas comunidades, com retiros e encontros de formação, como a Semana Bíblica, que neste ano, chega em sua 22ª edição.

A paróquia, por seu infatigável trabalho, de três passou a ter seis comunidades: Nossa Senhora de Fátima, São José, Nossa Senhora Aparecida, Santíssima Trindade, Santo Agostinho e Bem-Aventurado José Allamano.

Em 10 de maio de 1999, num gesto ousado, dá início aos trabalhos de demolição da Comunidade Matriz de Nossa Senhora de Fátima. Um novo templo é erguido em pouco mais de um ano.

Além disso, sempre esteve ligado ao desenvolvimento social da Vila Curuçá, assim, com a ajuda da comunidade, funda a Escola de Marcenaria, em parceria com o SENAI; a Creche Bem-Aventurada Isabel Canori Mora; o Espaço Social São João de Matha (Quadra Paroquial), onde são desenvolvidas atividades sociais e culturais como a Escola de Futsal e as apresentações teatrais realizadas pela Equipe Comunic’Art.

Assim, com a graça da Trindade Santa e o apoio de seus paroquianos e amigos vai superando as dificuldades encontradas e, neste ano de 2011, com eles, celebra esses 25 anos de vida e missão na Vila Curuçá.

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima: “um só coração e uma só alma” (At 4,32).

Celebrando os 25 anos de presença missionária do nosso pároco, Pe. Vicente Frisullo, aqui na Vila Curuçá, queremos resgatar, também, a história das seis comunidades que formam nossa Paróquia: Comunidade de Nossa Senhora de Fátima, Comunidade de São José, Comunidade de Nossa Senhora Aparecida, Comunidade de Santo Agostinho, Comunidade da Santíssima Trindade e Comunidade do Bem-Aventuado José Allamano.

É bonito observar que a origem de cada comunidade tem um forte apelo missionário, que é característica própria da Igreja: “A Igreja peregrina é por sua natureza missionária” (Ad Gentes, 02); não é por menos que o

lema escolhido para as festividades em preparação a esse Jubileu é: “25 Anos de Vida e Missão na Vila Curuçá”.

A história da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima teve início no dia 08 de dezembro de 1952, com o cruzeiro que, por iniciativa do padre Aleixo Monteiro Mafra, fora carregado de São Miguel até um terreno doado, local onde hoje está instalada a comunidade matriz. Cinco anos depois, em março de 1957, o mesmo padre Aleixo inaugurava a primeira capela dedicada a Nossa Senhora de Fátima.

Em 1968, o padre André Anesa terminava a construção da igreja, em substituição à antiga capela, insuficiente para acolher o número sempre crescente de fiéis. Em 18 de junho de 1968 a comunidade de Nossa Senhora de Fátima foi elevada a paróquia.

No ano de 1969 têm início as atividades na Comunidade de São José, com a realização de celebrações nas casas. Em 1975, no tempo do padre Emílio Falco, pároco desde 1970, foi comprado o terreno para a construção da Comunidade; o salão foi levantado em mutirão em 1977.

Em junho de 1978 foi nomeado pároco o padre José Vicente Vaño Belda e, em fevereiro de 1984, o padre Paulo Roberto Cavalcante.

Assim como a Comunidade São José, as comunidades de Santo Agostinho (em 1976), Nossa Senhora Aparecida (em 1980) e Bem-Aventurado José Allamano (em 1999), tiveram sua origem nos grupos de rua que aconteciam nas casas, com celebrações, oração do terço, catequese, além da realização de festas, que tinham como objetivo angariar fundos para compra dos terrenos e construção das comunidades.

Destaca-se também, a participação das Irmãs Missionárias da Consolata, que chegaram na Vila Curuçá na década de 70, sempre presente na formação e ação pastoral. Foi por sugestão delas e das Damas de Caridade, que atuavam na Av. Água Vermelha, onde desenvolviam atividades educativas em prol das crianças e adolescentes, que foi fundada a Comunidade da Santíssima Trindade, em setembro de 1994.

Em 23 de maio de 1986, assume a paróquia o padre Vicente Frisullo, da Ordem da Santíssima Trindade. Entre outras atividades promove a construção das capelas de Nossa Senhora Aparecida, Santíssima Trindade, Santo Agostinho, a ampliação da Comunidade de São José e, mais recentemente, a construção da Comunidade do Bem Aventurada José Allamano.

Nos últimos dez anos, com a ajuda constante dos paroquianos, construiu a nova Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima, comprou o terreno onde foi construído o espaço social da Comunidade de Santo Agostinho e os terrenos ao lado das comunidades de São José e Bem-Aventurado José Allamano que serão futuramente ampliadas.

Atualmente, a Paróquia possui mais de vinte e cinco equipes e pastorais atuando nos mais diferentes serviços, tanto na área social, quanto na evangelização.

"Com Maria, 25 Anos de Vida e Missão na Vila Curuçá"


De 05 a 14 de maio, foi realizado na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, Vila Curuçá, a novena em homenagem a sua padroeira. Neste ano, o tema trabalhado foi “Com Maria, 25 Anos de Vida e Missão na Vila Curuçá”, em sintonia com a preparação do Jubileu de 25 anos de presença missionária do pároco, Pe. Frei Vicente Frisullo, da Ordem da Santíssima Trindade, na Vila Curuçá.

Durante os nove dias, foram celebrados diversos Jubileus, sempre com profundas reflexões missionárias, apoiadas no Documento de Aparecida e uma bênção especial a cada noite.

No primeiro dia, foi celebrado o Jubileu das Comunidades; nesta noite, a imagem de Nossa Senhora de Fátima fora carregada até o altar, juntamente com a imagem dos padroeiros das outras cinco comunidades que formam a Paróquia.

Na segunda noite, dia do Jubileu dos Pioneiros e Comerciantes, a comunidade se emocionou ao receber as pessoas que ajudaram a construir a comunidade e aqueles que sempre colaboraram para o desenvolvimento religioso e social da Vila Curuçá.

No Jubileu dos Catequistas, celebrado no terceiro dia da novena, a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima contou com a presença de todos os catequistas das comunidades e, também, com a participação dos coordenadores dos Setores Missionários, eternos catequistas das nossas famílias.

No dia 09 de maio, quarto dia, foi celebrado o Jubileu das Crianças; as “preferidas de Jesus” ofereceram rosas à Nossa Senhora, Mãe de Jesus e de todas as crianças.

As Pastorais Sociais também tiveram lugar, por isso, no quinto dia foi realizado o seu Jubileu, com participação de representantes da Creche B. A. Isabel Canori Mora, da Escola de Futsal, da Pastoral da Terra e Moradia, além de líderes da Pastoral da Saúde, dos Vicentinos, do Dízimo e da Pastoral da Criança.

O sexto dia foi reservado para homenagear aos trabalhadores e rezar por aqueles que procuram trabalho; para isso, foi feita a entrada com a imagem de São José e a bênção das carteiras de trabalho.

Já no sétimo dia, os homenageados foram os religiosos e religiosas, presentes em nossa comunidade através das Irmãs Missionárias da Consolata e dos Freis Trinitários, exemplo de vocação e perseverança.

No dia 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima, a comunidade esteve aberta desde às 08 horas da manhã, com orações e visita de centenas de devotos. À noite, a comunidade se reuniu para celebrar a oitava noite da Novena, dia também dedicado ao Jubileu das Famílias. Nesta noite, no momento do ofertório, foram apresentados cinco casais que receberam o sacramento do Matrimônio com o Pe. Vicente Frisullo; com 25, 20, 15, 10 e 5 anos de casamento.

Por fim, na noite de sábado, os jovens de todas as comunidades se reuniram para celebrar seu Jubileu; através de seu testemunho de comprometimento, os jovens demonstraram que são capazes de evangelizar outros jovens. Na oportunidade, foi realizado o envio dos dois jovens que representarão a Paróquia na Jornada Mundial da Juventude que será realizada em Madri, Espanha, no mês de agosto.

Todas as noites foram ricas em simbologia e participação dos fiéis, devotos de Nossa Senhora de Fátima. A participação da comunidade, assim como dos padrinhos, que a cada noite enriqueciam ainda mais a celebração, foram testemunhos da fé e missão do nosso povo, colocando em prática o lema escolhido para esse grande Jubileu: “Com Maria, 25 Anos de Vida e Missão na Vila Curuçá”!

Novena de Nossa Senhora de Fátima - 05 a 14 de maio de 2011

Solenidade de Nossa Senhora de Fátima - 15/05/2011














2 de maio de 2011

Ordenação Diaconal do fr. Ailton e Fr. Cleyton - 01/05/2011

Infância Missionária e Catequese se unem em Via-Sacra das Crianças

No dia 23 de abril, Sábado Santo, foi realizada na Comunidade de Nossa Senhora de Fátima a Via-Sacra das Crianças. O encontrou contou com as crianças e adolescentes da catequese, animadas por seus catequistas e pela Garotada Missionária; acompanhadas por frei Cleyton, da Ordem da Santíssima Trindade.

A manhã de sol permitiu que a Via-Sacra fosse realizada nas ruas em torno da Igreja Matriz, fazendo deste, um momento de oração e testemunho de nossas crianças e adolescentes.

Realizada pelo terceiro ano consecutivo, a Via-Sacra das Crianças compara as dores de Jesus
com o sofrimento que, anda hoje, passam as crianças de todo o mundo, vítimas das guerras, fome, doenças e falta de saneamento básico.







23 de abril de 2011

Via-Sacra - 22/04/2011

Celebração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, na Comunidade de Santo Agostinho - 22/04/2011

Missa da Ceia do Senhor.

Quinta-feira, 21 de abril, iniciando o Tríduo Pascal, foi realizada a Missa da Ceia do Senhor em todas as comunidades da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima – Vila Curuçá, Diocese de São Miguel Paulista. Na Comunidade Matriz de Nossa Senhora de Fátima, a Missa foi presidida pelo pároco, Pe. Vicente Frisullo, e contou com a participação de todo o Povo de Deus.

Nesta celebração, a Igreja atualiza no tempo os gestos de Jesus da última Ceia com seus discípulos onde é oferecido o corpo e o sangue ao Pai através do Pão e do Vinho. Lembramos ainda, a instituição do sacerdócio ministerial que foi dado como mandamento novo do amor. No momento do lava-pés o celebrante retira a casula e cinge-se com uma toalha grande para lavar e enxugar os pés de 12 pessoas, simbolizando a lavagem dos pés dos discípulos num ato supremo de serviço amoroso.

No final da celebração foi realizada a procissão e exposição do Santíssimo Sacramento, onde permaneceu em adoração comunitária. Os jovens da comunidade permaneceram reunidos em vigília durante toda madrugada, até as 07h da sexta-feira.


Quinta-Feira Santa - 21/04/2011

17 de abril de 2011

A nossa Semana Santa...

Com a celebração da entrada de Jesus em Jerusalém, cujo memorial fazemos no Domingo de Ramos, iniciamos a Semana Santa, a semana na qual lembramos e celebramos os últimos acontecimentos decisivos da vida de Jesus de Nazaré. O coração desta semana é o Tríduo Pascal que vai terminar na Vigília da Páscoa que Santo Agostinho chamava “a mãe do todas as vigílias”.

A celebração do Tríduo Pascal tem como finalidade nos aproximar de Jesus, o Filho querido que o Pai ofereceu para a salvação do mundo (Jo 3, 17). Nele que, no dizer de são Paulo “tendo condição divina ... esvaziou-se a si mesmo assumindo a condição de servo ... até a morte, e morte de cruz!” (Fl, 2, 6ss), o Pai nos oferece o que de mais precioso ele tem. O Pai não tem mais nada para nos oferecer: em Jesus nos ofereceu tudo!

A meditação destes eventos devem nos levar a termos os mesmos sentimentos de Cristo (Fl 2, 5): humildade, generosidade, até a entrega de nós mesmos aos irmãos, sobretudo os mais necessitados. Pois é isso que a nossa fé no Ressuscitado exige: “estava com fome e me destes de comer, estava com sedes e me destes de beber, estava doente e prisioneiro e me visitastes ...” (MT 25, 31ss). Olhar no Crucificado os tantos crucificados de nossos dias: crucificados pelo sofrimento, pelas injustiças, pelas dificuldades da vida, pelo desanimo, pelo desespero, pelo desamor, pelo pecado.

A estas situações o nosso amor fraterno é chamado a responder com generosa gratuidade, pois, no dizer de São João da Cruz: “No entardecer de nossa vida seremos julgados sobre o amor”.

O clima de oração mais intensa, de escuta mais atenta e meditação da Palavra de Deus, de silêncio dentro de nós e ao nosso redor, nos ajudará a colher a profundidades dos acontecimentos celebrados na Semana Santa e chegar, com alegria, à celebração da maior festa da nossa fé, a Ressurreição.

Unidos na oração,

Pe. Vicente Frisullo, pároco.

18/04 - SEGUNDA-FEIRA SANTA

16h - Missa das Almas, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima


19/04 - TERÇA-FEIRA SANTA

20h - Missa, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima


20/04 - QUARTA-FEIRA SANTA

19h30 - Missa dos Santos Óleos, na Basílica da Penha


21/04 - QUINTA-FEIRA SANTA

08h - Laudes, nas Comunidades de Nossa Senhora de Fátima e São José

09h às 10h30 - Confissões, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima

18h - Missa da Ceia do Senhor, nas Comunidades de Nossa Senhora Aparecida, Santíssima Trindade e B.A. José Allamano

20h - Missa da Ceia do Senhor, nas Comunidades de São José e Santo Agostinho

20h - Missa da Ceia do Senhor, Adoração ao Santíssimo, Vígilia, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima


22/04 - SEXTA-FEIRA SANTA - DIA DE JEJUM E ABSTINÊNCIA

08h - Ofício das Leituras, nas Comunidades de Nossa Senhora de Fátima, São José e Nossa Senhora Aparecida

09h às 10h30 - Confissões, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima

15h - Celebração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, em todas as comunidades

19h - Via-Sacra, na Comunidade de Nossa Senhora de Fátima (traga a sua vela)


23/04 - SÁBADO SANTO

08h - Ofício das Leituras, nas Comunidades de Nossa Senhora de Fátima, São José e Nossa Senhora Aparecida

09h - Via-Sacra das Crianças, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima

09h às 10h30 - Confissões, na Comunidade de Nossa Senhora de Fátima

19h - Vigília Pascal, nas Comunidades de Nossa Senhora Aparecida e B.A. José Allamano

20h - Vigília Pascal, nas Comunidades de Santo Agostinho e Santíssima Trindade

21h - Vigília Pascal, nas Comunidades de Nossa Senhora de Fátima e São José

24h - Caminhada da Ressurreição, saindo da Basílica da Penha até a Caedral de São Miguel Arcanjo


24/04 - DOMINGO DE PÁSCOA

09h - Missa da Páscoa, nas Comunidades de Nossa Senhora de Fátima, São José e Nossa Senhora Aparecida

10h30 - Missa da Páscoa, nas Comunidades de Santo Agostinho, Santíssima Trindade e B.A. José Allamano

18h - Missa da Páscoa, na Comunidade de Nossa Senhora de Fátima

Domingo de Ramos - 17.04.2011